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Na passada quinta feira, Kim Wall embarcou num submarino ,construído pelo seu proprietário com recurso a crowdfunding, para contar a sua história. Mas a embarcação naufragou e... a repórter desapareceu. O dono, Peter Madsen sobreviveu, mas é acusado de homicídio por negligência

Fez reportagens sobre o pós-guerra no Sri Lanka e sobre a capital da Coreia do Norte. Esteve quarentena, ao cobrir as mudanças climáticas nas ilhas Marshall, e teve de ser submetida a testes para avaliar a sua exposição a radiação. Depois de tantos trabalhos perigosos, a sueca Kim Wall, 30 anos, desapareceu numa viagem de trabalho que aparentava ser segura, ao largo da costa da Dinamarca. A repórter desapareceu, misteriosamente, na passada quinta feira, depois de o submarino onde tinha embarcado ter naufragado.

A ideia era fazer uma reportagem sobre o submarino privado de Peter Madsen, o UC3 Nautilus, de 40 tonelados, construído com recurso a uma campanha de crowdfunding. Ambos iam bordo do submarino quando este afundou, pouco tempo depois de ter partido de Copenhaga. Kim desapareceu mas Peter sobreviveu e é agora acusado de ser responsável pelo desaparecimento da jornalista.

O que aconteceu entre o momento da partida até ao momento em que o submarino UC3 Nautilus foi encontrado no fundo do mar permanece um mistério. O alerta do desaparecimento de Kim foi dado pelo namorado por volta das duas e meia da manhã. As buscas foram iniciadas de imediato pela polícia dinamarquesa.

O submarino foi encontrado na baía de Koge, perto da ilha de Dragoer.

As autoridades acabaram por deter Peter Madsen que foi acusado de homicídio por negligência embora o corpo da jornalista ainda não tenha sido encontrado. Segundo a polícia de Copenhaga, Madsen terá afundado propositadamente o submarino, depois de matar Kim Wall. “O submarino foi analisado e não há ninguém a bordo - nem morto nem vivo”, anunciou Jens Moller, chefe de homicídio da polícia de Copenhaga numa conferência de imprensa.

Madsen nega a acusação e garante que se despediu de Kim por voltas das dez e meia, após a jornalista ter alegadamente concluído a reportagem.

Segundo Madsen, houve um problema com o tanque de lastro, o compartimento que armazena água para estabilizar o submarino. “Demorou cerca de 30 segundos até o Nautilus afundar, e eu não consegui fechar nenhuma escotilha nem nada... Mas acho que foi muito bom porque, caso contrário, ainda estaria lá”, disse, à imprensa dinamarquesa.

O engenheiro encontra-se agora em prisão preventiva e as buscas por Kim Wall continuam por terra e mar.

http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2017-08-17-O-caso-da-jornalista-sueca-desaparecida-num-submarino-intriga-as-autoridades
A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia.
(Albert Einstein)