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A síndrome de Jerusalém trata-se de um grupo de transtornos mentais, envolvendo a ideia obsessiva de temáticas religiosas, delírios e ideias psicóticas, que surgem após uma visita à cidade de Jerusalém.

Não é exclusiva de uma única religião, porém acomete mais frequentemente judeus e cristãos de diferentes formações sócio-económicas.

O primeiro a identificar esta síndrome foi o Dr. Yair Bar-El, ex-diretor do hospital psiquiátrico Kfar Shaul da cidade de Jerusalém. Este médico examinou 470 turistas e considerou-os temporariamente insanos, entre os anos de 1979 e 1993. Desse total, 66% eram judeus, 33% eram cristãos e 1% não tinha religião definida.


Especialistas da área acreditam que esta síndrome trata-se de um transtorno dissociativo histérico, no qual indivíduos geram outra personalidade, em decorrência da sobrecarga do tema religioso que paira no ar da cidade de Jerusalém.

Clinicamente, existem três tipos distintos da síndrome, que são:


  • Tipo I ou síndrome de Jerusalém infligida por uma desordem psicótica prévia: quando afecta indivíduos que já foram previamente afectados com alguma doença psiquiátrica antes de visitarem Jerusalém.


  • Tipo II ou síndrome de Jerusalém super-posta e complicada por ideias idiossincráticas: não apresenta necessariamente a forma de um transtorno mental, podendo ser apenas caracterizada por uma obsessão cultural.


  • Tipo III ou síndrome de Jerusalém como uma forma discreta, não composta por transtorno mental preexistente: esta é a forma mais conhecida da síndrome, na qual o indivíduo sempre se apresentou mentalmente equilibrado, até a sua chegada à cidade de Jerusalém. A psicose é caracteriza-se por intensa religiosidade, desaparecendo por completo após alguns que o indivíduo fica afastado da cidade em questão. Dentre as manifestações clínicas estão ansiedade, nervosismo, tensão, desejo de isolar-se, necessidade de apresentar-se limpo e puro, necessidade de declarar salmos ou versículos da bíblia, especialmente em lugares sagrados, bem como participar de procissões ou marchas para locais sagrados de Jerusalém.
    Policiais que abordam esses indivíduos são instruídos a não contrariá-los, ou seja, deixar que estes continuem com o seu delírio, encaminhando-os a um centro de tratamento psiquiátrico. Tranquilizantes podem ser ministrados para minimizar o epicentro da crise. Por fim, o paciente deve retornar a sua casa, pois dentro de algumas semanas o transtorno desaparecerá por completo.