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No século XIII, o pedagogo francês de família católica Hippolyte Léon Denizard Rivailde, decidiu estudar os fenómenos paranormais.

Como fez isso?
Dado que a ciência convencional não tinha (e ainda não tem) instrumentos de medida para fenómenos cuja causa não se encontra no plano físico, Hippolyte reuniu algumas médiuns da sua confiança e, por meio delas formulou perguntas aos espíritos tendo obtido respostas.
As respostas não eram uniformes porque, sabemos agora, ninguém se torna sábio só porque o corpo físico morreu.

As pessoas que têm propensão para a vingança, reúnem-se quando espíritos, em sociedades extrafísicas de espíritos vingativos, que se ocupam a assediar muita gente.
As pessoas que têm propensão para os vícios, reúnem-se quando espíritos, em sociedades extrafísicas de espíritos viciados e ávidos da satisfação do seu vício, que acompanham os terráqueos que se comprazem com o mesmo.
As pessoas religiosas na vida física reúnem-se quando espíritos, em sociedades extrafísicas de espíritos adeptos da mesma religião.
As pessoas que têm curiosidade científica, reúnem-se quando espíritos, em sociedades extrafísicas de espíritos estudiosos.

"Lá", como "cá", nem todos sabem o mesmo e cada um diz o que sabe.
Apercebendo-se disso, o pesquisador decidiu começar as sessões com orações para, no seu entender, atrair espíritos mais elevados que soubessem dar melhores explicações.

As orações, ao jeito da igreja católica, atraem espíritos com a mesma crença.
Por essa razão, Hippolyte Rivailde tanto se vangloriou de ter obtido respostas de santos da igreja católica.
Ainda hoje os espíritas acenam a bandeira do apoio que tiveram de vários desses santos para justificar a (pseudo)veracidade dos seus ensinamentos.

Se o estudo tivesse sido realizado com isenção ideológica, poderia eventualmente ter tido maior importância para a humanidade, mas baseou-se na premissa de que "quanto mais reconhecido pela igreja católica, mais sábio seria o espírito". A isto chama-se "viés de seleção", em que a participação dos voluntários (no caso os espíritos) está diretamente associada ao desfecho que interessa ao pesquisador. Hippolyte reuniu as perguntas e respostas selecionadas por ele mesmo, atribuindo maior valor às respostas dos espíritos católicos e publicou "O Livro dos Espíritos" com o pseudónimo de Allan Kardec. Quanto às respostas que obteve de outros espíritos, ignorou-as e não as publicou. O estudo com este viés de seleção foi utilizado como primeiro pilar da codificação de uma nova doutrina cristã - o espiritismo.

Faltou retirar o aspeto religioso das crenças infantilizadas num pai dominador e num filho salvador da bíblia dos cristãos. O espiritismo não se desvinculou da religião, mas ainda assim tem a sua importância, dado que o seu codificador admitiu respostas reveladoras de conceitos que a igreja católica não admite, tais como a reencarnação e a possibilidade de comunicação com os mortos.

Conclusão.
Considerando uma hipotética espiral ascendente na qual os seres se situam em degraus cuja elevação é diretamente proporcional ao seu grau evolutivo, a humanidade ocupa posições muito próximas.

No degrau dogmático, situam-se as religiões.
No degrau consolador, acima do dogmático, situa-se o espiritismo.
No degrau esclarecedor, acima do consolador, situa-se a conscienciologia.
E a escalada continua...

A Conscienciologia é a ciência dedicada ao estudo da consciência considerando todos os seus veículos de manifestação, as múltiplas dimensões, as múltiplas vidas e a evolução consciencial.