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Um baralho completo de Tarot é constituído por 78 cartas, sendo estas 22 arcanos maiores e 56 arcanos menores.

Existem dois tipos fundamentais de baralhos, os clássicos e os ocultistas, entre ambos existem pequenas diferenças quer na sua estrutura como na sua interpretação, cada um deve escolher aquele com que mais se identifica:  A maior diferença visível é que nos clássicos, os arcanos menores não são ilustrados com personagens e cenas, apenas com a simbologia dos naipes. Na sua estrutura a carta nº 8 é a Justiça e a carta nº11 a Força, ao contrário na linha ocultista; a carta nº 2 nos clássicos é designada por "Papisa" enquanto nos ocultistas por "Sacerdotisa"; a carta nº5 nos clássico é o "Papa", nos ocultistas "O Hierofante".
A nível de interpretação, na minha visão os clássicos estão mais vocacionados para uma vertente divinatória e representam uma tendência mais cultural e religiosa instituída na sua época (Renascentista), embora o significado das cartas seja idêntico as técnicas interpretativas podem ter outras nuances. Por outro lado os baralhos que seguem a linha ocultista mostram-se mais despreconceituosos e a meu ver melhor adaptados á realidade social actual. Nos clássicos o seu representante mais comum é o Tarot de Marselha e inspirados no mesmo,  nos ocultistas, incluem-se o Tarot Rider Waite, os inspirados no mesmo e o Tarot de Thoth (com algumas diferenças dos anteriores).

Há quem hesite no uso de menores, por diversas razões. Ora no tarot, não há regras fixas, existem linhas de orientação e técnicas associadas a várias linhas de pensamento, cada um deve sentir qual a melhor forma de se comunicar com as cartas.
Eu pessoalmente sou adepta do uso da totalidade das cartas, o Tarot é constituído por 78 cartas e não apenas 22. Tirando algumas excepções em tiragens muito especificas uso sempre todos misturados. Porquê?

Partindo do princípio de que os arcanos maiores representam as forças universais que não temos como as controlar e os menores as forças terrenas que representam atitudes e acções sob o nosso controle, a quantidade de cada um deles numa tiragem, dá-nos imediatamente a percepção da profundida da situação e da capacidade que teremos de lhe “dar a volta”. Temos muito maior possibilidade de manobrar o desfecho se a predominância for de menores e vice versa.

Existem também o que se chama “dignidades elementais”, os elementos da natureza associados a cada naipe. Paus é fogo, Espadas é Ar, os elementais de características masculinas, activos, fortes, exteriorizados, solares, activos,Yang; Copas é água, Ouros é terra, aqui estão as características femininas, passivas, interiores, Lunares, receptivas, Yin. Também a quantidade com que cada um destes elementos é sujeita a diversas interpretações.
E ainda as cartas de côrte ( pajem, cavaleiro, rainha e rei) que podem indicar pessoas, posturas ou personalidades. Por exemplo uma tiragem onde apareçam diversas cartas de côrte pode indicar a presença de várias pessoas envolvidas na situação.

Noutras técnicas em que se tiram os maiores primeiro e depois se cobrem com menores, obtemos a energia dominante (maior) e o que fazer com ela na prática (menor) ou a forma como ele tenderá a impulsionar as nossa atitudes, assim podemo-nos precaver e usar essa energia dos maiores a nosso favor ou de forma a evitar-mos algum imprevisto desagradável.
O uso das 78 cartas sem duvida que enriquece e aprofunda as nossas interpretações, espero neste pequeno texto expandir os vossos horizontes em relação ás cartas.

Parabéns pela criação deste tema. É bom para partilha de opiniões e experiências.
Como ainda estou a aprender, sigo uma visão mais intuitiva da interpretação das cartas.
Aqui está, por palavras chave:

Arcanos Maiores (ainda estou nestes)

Magico - capacidade de dar a volta por cima, habilidade
Torre - quebra, mudança repentina
Papa - sabedoria divina, estabilidade
Dependurado - dificuldades, sacrificio
Emanorados - incerteza em relação ao caminho a seguir
roda da sorte - mudança para melhor, sucesso para o futuro
Mundo - realização absoluta
Temperança - longa espera
Morte - renovação de uma situação
Estrela - protecção, Luz
Julgamento - sofrer causa e consequência
Justiça - justiça, ter as consequências dos actos
Força - domínio e força, dinamismo
Sol - prosperidade, vitalidade , honra, gloria, germinação
Louco - excentricidade, mudança
Carro - sucesso e mudança
Diabo - energias negativas, problemas
Imperador - Concretização, realização
Lua - Ilusões nem tudo o que parece é
Eremita - Solidão, procura de respostas e reflexão
Imperatriz - realização
Papisa - sabedoria, estudo místico

Por favor vê se está tudo certo.


A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia.
(Albert Einstein)

Podem ser isso Athena, mas não só. Vamos abordar uma carta de cada vez e aprofundar os seus significados, simbologia e formas de interpretar. Também vou colocar exercícios.
Estou tão contente com o meu grupinho.
:-*

Olá Pucca, comprei recentemente o tarot de Thoth do Alester Crowley, e queria perguntar se tem conhecimento e aconselham a utilização do tarot e para que meios. Geralmente utilizo os tarots devido a energia que emanam e como forma de purificação energética. Existe algum tarot que tenham conhecimento que seja mais apropriado para funções básicas energéticas ou como forma devinatória associada aos chackras base e muldahara. abraço

CitaçãoOlá Pucca, comprei recentemente o tarot de Thoth do Alester Crowley, e queria perguntar se tem conhecimento e aconselham a utilização do tarot e para que meios. Geralmente utilizo os tarots devido a energia que emanam e como forma de purificação energética. Existe algum tarot que tenham conhecimento que seja mais apropriado para funções básicas energéticas ou como forma devinatória associada aos chackras base e muldahara. abraço

Olá Manuel, não consigo associar um baralho inteiro para trabalhar um chackra especifico, para mim todos servem para todos. Que tipo de trabalho energético pretende fazer com o Tarot? No entanto consigo escolher um baralho para funções especificas, para leituras pessoais, ao publico, autoconhecimento, rituais, etc. Purificar Chackras com tarot, nunca ouvi falar, só regularização com Mandalas usando cartas especificas para cada caso, mas mais uma vez isso é um trabalho pessoal, procurar a carta capaz de regularizar a situação e requer um conhecimento muito profundo do Tarot e de todo o sistema energético.

O tarot de Thoth tem algumas particularidades, a meu ver seria mais adequado para trabalhos ocultistas, ritualistas e auto conhecimento desde que identifique com a linha de Crowley. mas isso são escolhas muito pessoais.

Para uma pessoa que se inicia na arte do tarot, que baralho aconselhas? Há alguma forma de escolher o baralho, como se escolhe os cristais, por exemplo, ou seja, há alguma técnica que deve ser aplicada, ou é "ao gosto do freguês)?
Um homem não pode fazer o certo numa área da vida, enquanto está ocupado em fazer o errado em outra. A vida é um todo indivisível.

CitaçãoPara uma pessoa que se inicia na arte do tarot, que baralho aconselhas? Há alguma forma de escolher o baralho, como se escolhe os cristais, por exemplo, ou seja, há alguma técnica que deve ser aplicada, ou é "ao gosto do freguês)?

Para começar a pessoa pode ainda não ter nem essa percepção de sentir o baralho. Logo eu recomendo apenas escolher entre dois, na linha dos clássicos o Tarot de Marselha, para uma linha ocultista um Tarot Rider Waite. Depois de se familiarizar com as cartas então pode fazer escolhas mais pessoais. Eu tenho N baralhos para situações diferentes e faço as minhas escolhas pela vibração transmitida pelas imagens e simbologia. Não uso rituais nessa escolha, nem ando a tocar nas cartas da loja para as sentir, pois antes de estarem a ser usadas são apenas pedaços de papel ilustrado.

Uma pessoa com uma postura mais tradicionalista, com formação cristã, pode ter a tendência em escolher os clássicos. Uma pessoa mais liberta de dogmas sociais, terá certamente inclinação para o RW, isto de um modo geral, pois cada pessoa é única.