A lembrança mais antiga

Boa noite, desde já quero me apresentar por ser nova neste forum. O meu nome é Beatriz e venho contar uma historia minha.
É sem duvida a memoria mais antiga que eu tenho. Passou-se em casa da minha falecida avó (na altura viva) e do meu avô. A casa deles era antiga feita por os meus visa-avôs e tinha uma divisão chamada de "loja" que era onde tinha uma mesa grande e 13 cadeiras atrás disso tinha umas cortinas a separar onde se calcavam as uvas nas vindimas. Era pequena mas nunca me esqueço disto, eu estava a correr de um lado para o outro e quando passei do terraço para a cozinha com um corredor enorme para a tal loja e vi "algo", humano nao era... eu parei numa ponta do corredor a olhar para "aquilo" que era de uma cor estranha meio bordo e preto com um sorriso muito rasgado acenar-me. Eu comecei a berrar e a chorar os meus tios e pais levaram-me lá para ver se tinha la alguma coisa e não, já não tinha. Mas isto nao foi sonho pois os meus pais confirmaram-me isto a pouco tempo. Por esse motivo fiz xixi na cama até os meus 8 anos. Aos meus 13 anos viva num bairro social pois todos nos passamos por dificuldades mas era um lar cheio de amor. Todas as noites acordava assustada e sobressaltada, sentada na cama olhava para a porta do meu quarto e sentia algo a caminhar desde a porta ao lado da minha cama e eu chorava eu não conseguia dormir sozinha ou estar sozinha em casa, reprovei de ano porque estava a ficar muito perturbada. Entretanto a minha mãe levou-me ao padre da nossa cidade e ele fez uma rezas e deu-me uma pulseira de prata benzida mas não resultou muito bem então fui a uma senhora de idade para "falar" comigo, quando eu cheguei a casa da senhora ela olhou para mim e desviou o olhar para traz das minhas costas, nao tinha lá ninguém... acho, pelo menos eu nao vial. Ela rezou juntamente com uma cruz e puxava para vomitar e a barriga dela fazia barulhos mesmo estranhos, mas resultou. Entretanto já com 22 anos posso dizer que só muito raramente sinto algo a minha beira mas a sensação por vezes é leve.

E este é um relato que tenho, cumprimentos.

Poderia ser um "ser" perturbado que se encostou a ti.

O chamado encosto pode ser uma explicação, e em algumas culturas e pelo que acabas de contar, à um tipo de espírito que são comuns de se chamarem amigos imaginários.
Não sei ao certo como funciona o encosto desse género, mas, arriscaria a dizer que ele ficou "triste" porque não quiseste ser amiga dele.