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Descoberto um continente perdido, mas não é a Atlântida. E está sob a Europa

Foi a reconstrução da evolução geológica da região do Mediterrâneo que permitiu descobrir este "novo" continente
“Esqueçam a Atlântida”, disse já Douwe van Hinsbergen, autor do estudo e professor de tectónica e paleogeografia na Universidade de Utrecht, na Holanda. "A verdade é que, sem saber, há um grande número de turistas que todos os anos passa as suas férias no continente perdido da Grande Adria."

Segundo o estudo publicado na revista Gondwana Research, foi através do estudo da evolução das cadeias montanhosas que se compreendeu melhor como foi a evolução dos continentes. "A maioria das cadeias de montanhas que estudamos teve origem num único continente que se separou do norte da África há mais de 200 milhões de anos", disse van Hinsbergen. "Hoje, a única parte restante deste continente é uma faixa que vai da cidade italiana de Turim pelo mar Adriático até o calcanhar da bota que forma a Itália".

Como esta área é conhecida por Adria pelos geólogos, os autores deste estudo referem-se ao continente agora descoberto como Grande Adria. Já sabemos que, na região do Mediterrâneo, a forma como as placas tectónicas se apresentam permitiu aos geólogos ter uma compreensão completamente diferente sobre como os oceanos e os continentes se formaram " uma teoria que sugere que as placas não se deformam quando se movem e batem umas nas outras nas regiões com falhas. E isso acontece porque a geologia da Turquia e do Mediterrâneo é completamente diferente.

"Aqui tudo é curvado e empilhado", disse já van Hinsbergen, citado pela CNN. "Comparado a isso, os Himalaias, por exemplo, representam um sistema bastante simples. Lá é possível seguir várias falhas por mais de 2 mil quilómetros.”


Já no caso da recém-descoberta Grande Adria, a maior parte dessa linha está debaixo de água, coberta por mar, recifes de coral e sedimentos, que posteriormente formaram rochas. Foi da sua destruição que se formaram cadeias montanhosas como os Alpes e os Apeninos, além de outros conjuntos na Grécia e na Turquia.

Os investigadores descobriram ainda que a Grande Adria começou a tornar-se um continente próprio há cerca de 240 milhões de anos, durante o período Triássico. E se o remanescente desses primeiros quilómetros do continente perdido ainda pode ser visto nas cadeiras montanhosas, já o resto mergulhou sob o manto da terra na zona do sul da Europa, onde ainda se sentem ondas sísmicas até 1500 quilómetros.”

Falta ainda dizer que não é a primeira vez que isto acontece. Em janeiro de 2017, foi anunciada a descoberta de um outro continente perdido e que surgiu depois da separação do supercontinente inicial. Essa peça restante, que estava coberta de lava, está agora debaixo das Maurícias, no Oceano Índico. Em setembro desse ano, uma outra equipa encontrou também o continente perdido da Zelândia, através da perfuração oceânica no Pacífico Sul.

http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2019-09-24-Descoberto-um-continente-perdido-mas-nao-e-a-Atlantida.-E-esta-sob-a-Europa
A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia.
(Albert Einstein)